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25 de fevereiro de 2008

Entre achados e perdidos...



Eu bem que desconfiei que 2008 ainda não havia começado. Não por viver no Brasil e saber que aqui o ano só começa após o carnaval. Mas eu senti que algo estava faltando. Algo muito sutil, meio abstrato, porém, insubstituível e arrebatador (também quero!).


Minha sensação até a pouco era como fazer um bolo delicioso de chocolate e esquecer o fermento (minha especialidade culinária), ou como esperar o sábado de praia e amanhecer chovendo. Resumindo: o ano começou mágico, mas sem cartola.


Foi beirando a quarta-feira de cinzas que descobri o ingrediente que faltava (e não era o fermento). Descobri o salmão do meu sushi, o esmalte vermelho das minhas unhas, a lente de contato dos meus olhos míopes.


Não pensem que encontrei a tampa da minha panela. Não. Encontrei foi o ingrediente para começar o ano do jeito bem à brasileira: o tempero mais picante, que deixa os lábios inchados de tão forte. Delícia! Enfim, encontrei a ADRENALINA que perdi em algum lugar de 2007. Talvez no black-out da virada do ano. Ou perdi junto com os sentimentos que deixei trancados num baú.


Ufa! O que importa é que ela voltou. Enérgica, rápida, excitante. Bendita adrenalina. Até a folha em branco, que tanto me empolgava e pouco se manifestou esse ano, começou a borbulhar de letrinhas, assim como o espumante que bebi para comemorar a sua volta!
Como eu a trouxe novamente? Foi da maneira mais distraída possível. Numa conversa despretensiosa numa mesa de uma boate com amigas, numa terça de carnaval onde o assunto era justamente a própria (falando nela...).


Esse combustível, que parece surgir do nada, percorre as veias com tanta rapidez, que você só sente quando ela faz o coração dar aquela pulsada mais forte (é como comer chocolate em plena TPM: êxtase total). Fácil entender que adrenalina vicia (e não engorda). Mas essa é do bem. E que bem ela faz.


Mas eu ainda não havia notado a sua presença. A adrenalina estava ali, pronta pra dar o sinal. Me fez dançar, rir, sem prestar atenção ao meu redor. Talvez tenha vindo com aquela simples conversa. Ou com alguns olhares furtivos por entre as luzes da pista. Ou, quem sabe, com aquela perfeita flor feita de guardanapo que ‘alguém’ mandou o garçom entregar.


Agora que eu a encontrei, tenho certeza de que o ano promete e vai cumprir. É será como um veneno (do bem). Uma vez no corpo, só um antídoto muito forte (leia-se grande decepção) para neutralizá-la. E isso não vou deixar acontecer.


A Adre (já me permito essa intimidade) está na espreita, esperando a hora em que estamos preparados internamente para recebê-la. Esse hormônio é aquele mesmo que chega quando você leva um NÃO, ou quando alguém corta sua frente no trânsito, ou quando não recebe a ligação esperada e explode em raiva.


Mas a grande diferença é que quando corpo e mente estão preparados, ou seja, quando há sintonia e tranqüilidade em nosso interior, ela vem para dar força, e, quem sabe, pra ficar por mais um ano.


Aqui, a regra do procura-acha, não vale. Não se procura a adrenalina. Ela vem quando você está ali, de bobeira na mesa de um bar; quando percebe um olhar charmoso a te observar, ou quando recebe um simples: “Adorei te conhecer, posso te ligar?” (Adrenalina combina com tanta rima?).


Eu sinto que 2008 veio para desabrochar. Mesmo que a flor seja de papel e que eu continue tentando não rimar.

5 comentários:

  1. ótima história, isso quando acontece realmente é ótimo!!!
    mas eu não colocaria a drenalina aí não, apesar de ser o principla "combustível" das tremedeiras nas pernas, coração batendo na garganta, falta de coordenação ás vezes e fuga das palavras!!!
    até parece eu descrevendo minhas ensações com esportes radicais!!!
    me fazendo "drogado" pelo meu principal vício, a adrenalina!!!
    um pouco diferente sessa tua, mas...
    HAUHAUAHUAHAUHAUHA
    ótima semana pra ti!!!
    beijos

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  2. concordo em gênero, número e grau.

    Vamos lançar o livro: Publicitários Em Crise - A Eterna busca pela Adrenalina.

    Amei o texto amiga, muito!

    =*

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  3. Te conhecendo como eu conheço duvido muito que tu sofra com falta de adrenalina... É mais fácil o hormônio sentir falta da Miréille... hehehheeh
    bjao do primo

    Rodrigo - poa

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  4. Guigo, com esse comentário aí de cima to rindo faz uns 5 minutos...
    Hahaauauhahua
    Bjaoooooo!!
    Adoro ler todos os comentários...
    Valeu mesmo!!

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  5. Ba mi adrenalia é massa e por sinal a minha ja ta qse se elevando com os clientes q nao me deixam comentar nesse blog aheuaheuaehaueh mais pra falar a Real estou com falta de certos tipos de adrenalina.....é isso e la vamos nos na caçada por adrenalina...Bjo

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