
Ontem senti uma falta enorme de você. Fiquei te observando. Te analisando friamente em meu pensamento. Teu sorriso estava mais iluminado, tua pele combinando com o arco-íris (o quê?), mas sua alma estava meio ‘preto e branco’ (agora entendi). Você se perdeu ou eu que perdi a sua mudança?
Foi muito depressa. Você deu fim àquele ar inocente, meio ingênuo até. Você perdeu seu maior vício. Rasgou sua roupa de anjo. Nem a auréola acendia mais. Mas eu sei o que foi. Foi um misto de medo, liberdade e maturidade.
Senti falta até do seu jeito desligado, sem a menor noção de localização no espaço, na rua, no bairro, enfim, uma bússola seria um kitsh a mais para te atrapalhar nessa sua vida tão sonhadora.
Até aquela sua mania de dormir nos finais de filmes você perdeu (de dormir no início e no meio também). Você escorregou no pote de mel e achou que tanta doçura não causaria diabetes? Agora está doente, tentando ler a bula depois de ter tomado o veneno.
Minha mãe conta que quando eu tinha 2 anos de idade, amarrei uma trouxinha de roupa num cabo de vassoura, coloquei nos ombros e fui embora de casa (devo ter imitado algum desenho animado do Pica-Pau). Ao saber que teria uma vaca no caminho, voltei.
Foi isso que aconteceu com você. Achou que iria encontrar apenas uma vaca, mas se deparou com uma boiada. Mas que bom que voltou. Voltou a ser o que sempre foi. Já estava com muitas saudades. Se demorasse mais, eu iria desaprender como é bom ser você mesmo, sem mais, nem menos. Eu sempre te amo, menos naqueles três dias do mês (aqueles em que eu quero matar todo mundo).
Mas foi aquela conversa que te abriu os olhos, os ouvidos e a consciência. Que te fez voltar e colocar os pés no chão, mesmo isso não sendo o seu forte. Tem sempre uma conversa dessas que chega de presente.
Agora que você experimentou quem você ACHOU que sempre quis ser (peraí, deixa eu ler essa frase de novo com calma), concluiu que jamais será novamente. Sua mãe te criou tão bem, que se você tomar toda a liberdade do mundo, no máximo terá uma congestão.
E continuei te olhando, e você foi voltando a ser o que sempre quis ser: VOCÊ MESMO.
Você foi sorrindo e eu sorrindo de volta. Senti um alívio e você também sentiu. Agora sei que você voltou pra valer, assim, essa eterna criança.
Continuei me olhando no espelho e percebi que esse tempo todo eu senti falta de mim. Então, desfiz a trouxinha de roupas, guardei o cabo de vassoura e vi minha alma refletida novamente, assim, inocente. Voltei.
Mireille Almeida correndo de braços abertos para matar a saudade de si mesmo.
Foi muito depressa. Você deu fim àquele ar inocente, meio ingênuo até. Você perdeu seu maior vício. Rasgou sua roupa de anjo. Nem a auréola acendia mais. Mas eu sei o que foi. Foi um misto de medo, liberdade e maturidade.
Senti falta até do seu jeito desligado, sem a menor noção de localização no espaço, na rua, no bairro, enfim, uma bússola seria um kitsh a mais para te atrapalhar nessa sua vida tão sonhadora.
Até aquela sua mania de dormir nos finais de filmes você perdeu (de dormir no início e no meio também). Você escorregou no pote de mel e achou que tanta doçura não causaria diabetes? Agora está doente, tentando ler a bula depois de ter tomado o veneno.
Minha mãe conta que quando eu tinha 2 anos de idade, amarrei uma trouxinha de roupa num cabo de vassoura, coloquei nos ombros e fui embora de casa (devo ter imitado algum desenho animado do Pica-Pau). Ao saber que teria uma vaca no caminho, voltei.
Foi isso que aconteceu com você. Achou que iria encontrar apenas uma vaca, mas se deparou com uma boiada. Mas que bom que voltou. Voltou a ser o que sempre foi. Já estava com muitas saudades. Se demorasse mais, eu iria desaprender como é bom ser você mesmo, sem mais, nem menos. Eu sempre te amo, menos naqueles três dias do mês (aqueles em que eu quero matar todo mundo).
Mas foi aquela conversa que te abriu os olhos, os ouvidos e a consciência. Que te fez voltar e colocar os pés no chão, mesmo isso não sendo o seu forte. Tem sempre uma conversa dessas que chega de presente.
Agora que você experimentou quem você ACHOU que sempre quis ser (peraí, deixa eu ler essa frase de novo com calma), concluiu que jamais será novamente. Sua mãe te criou tão bem, que se você tomar toda a liberdade do mundo, no máximo terá uma congestão.
E continuei te olhando, e você foi voltando a ser o que sempre quis ser: VOCÊ MESMO.
Você foi sorrindo e eu sorrindo de volta. Senti um alívio e você também sentiu. Agora sei que você voltou pra valer, assim, essa eterna criança.
Continuei me olhando no espelho e percebi que esse tempo todo eu senti falta de mim. Então, desfiz a trouxinha de roupas, guardei o cabo de vassoura e vi minha alma refletida novamente, assim, inocente. Voltei.
Mireille Almeida correndo de braços abertos para matar a saudade de si mesmo.
sempre passando por aqui....
ResponderExcluirmelhor a cada letra!!!
bjao!!
ótimo texto, mas a "inocência" e a ingenuidade acho difícil tu perder hein?!?!
ResponderExcluire não são apenas 3 dias do mês não, são beeeeeemmmm mais!!!!
HAUHAUAHUAH
beijos