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31 de julho de 2007

Complexo de Édipo (aguçado) dos tempos modernos

Cresci com aquele estigma de que os homens procuram em suas parceiras uma parte de suas próprias mães (nem que seja a parte que lava suas cuecas e passa suas camisas). E por cansar de saber disso, resolvi jogar o rolo de macarrão pra cima (sem a intenção de acertar a cabeça de ninguém) e virar a mesa, o balde, a bandeja e o espanador.

Lembro-me como se fosse hoje quando, ao ler um gibi da Turma da Mônica, me deparei com uma historinha em quadrinhos que trazia – pela mente do genial Maurício de Sousa – uma explicação para as criancinhas (inocentes) da minha geração, o que significava COMPLEXO DE ÉDIPO.

Adepta aos alimentos pré-cozidos, por sorte do destino, sempre tive namorados bons de mesa. Aprendi a lavar louça (tarefa de quem não sabe cozinhar) e a fazer a sobremesa (típico de criança criada com papinhas in vitro). Tornei-me uma redatora compulsiva por comidas. Todas menos pepino e azeitona.

O querido Freud tinha uma explicação plausível para tal. Ele se baseou na conhecida tragédia de Sófocles, denominando de Complexo de Édipo, à preferência exacerbada do filho pela mãe, acompanhada de uma aversão pelo pai. Na mitologia grega, Édipo matou seu pai Laio e casou-se com a própria mãe, Jocasta. Quando descobre o parentesco, Édipo fura seus próprios olhos e Jocasta comete suicídio.
Para as mulheres que apresentam sintomas semelhantes, aplica-se o Complexo de Electra. Bonito nome.

E o Complexo de Édipo dos tempos modernos? Se você é um ser humano normal dos tempos atuais, têm excessivas chances de sofrer de algum tipo de Complexo. Analisemos o quadro de possíveis indícios do mundo moderno, intimamente ligados ao Complexo:

1º - Filho de pais separados (no século XXI é super moderno);
2º - Filho de pais casados que dormem em camas separadas (haja modernidade);
3º - Você nem conhece seu pai (hein?);
4º - Você tem mais de 25 anos e seus pais “estão se separando” (aquela história de gerúndio novamente);
5º - Seus avós são separados (uau! Põe atual nisso).

Se você não tem os indícios acima, conhece alguém que os têm.

Acredito que todos os motivos para se adquirir um Complexo desta natureza tenha origem na infância. Os sintomas são visíveis, mas que só percebemos na idade adulta (para os homens que chegam a esta fase). Carência, compulsão por pular a cerca, aceitar traições e falta de afetuosidade são alguns sintomas de quem sofre o Complexo.

É fato. Desejamos encontrar no parceiro o que a vida nos privou no passado ou o que nos deu em abundância, principalmente nos primeiros anos de vida. Faça uma auto-análise.

A verdade é que vivemos num Complexo. Sempre na expectativa de modificar atitudes e comportamentos das pessoas que amamos para se tornarem semelhantes aos nossos desejos. Na verdade, para serem exatamente do jeito que gostaríamos de ser.

O Complexo está diante do espelho. Está em nós. Fantasiar no outro uma pessoa que ele nunca será só nos mostra a vontade que possuímos de mudar nossas próprias atitudes. E de mudar logo de parceiro, antes de enlouquecer.

Você já tentou mudar as atitudes de alguém? Parabéns, você é normal.

E ao fim, descobre-se que o verdadeiro complexo está dentro de nós mesmos. E talvez nunca saia de lá.

Encarnando uma palestrante motivacional: MUDE JÁ!

Mireille Electra Almeida em campanha pela desistência em mudar o próximo porque nunca dará certo.

Um comentário:

  1. pois é mudar é mto dificil no maximo conseguimos lapidar ou mostrar o caminho, o negocio é ser convincente que aquilo é certo..

    Hora Polishop juicer Bloguita nao esquece do meu blog heauheauh

    http://vcmeconhecedudu2.blogspot.com/

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